terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Spleen - Parte 2

Mais uma vez me falta paciência e, muito mais do que isso, tempo para escrever coisas novas. Para contornar mais uma vez a situação, está aqui um poema antigo, da mesma época de melancolia... Um poema que eu defino como ultra-romantico hahaha. A fusão mórbida do amor e do ódio, em palavras que dilaceram!


Naquela Noite

Abraçaste meu indefeso corpo,
Teus braços eram serpentes,
Frias, como sede do meu sangue.
Naquela sombria noite
A lua chorava,
E suas lágrimas tornaram-se estrelas,
Estrelas não mais brilhantes
e ofuscantes que teus olhos.
Agora cospes veneno ardente sobre meu corpo
Que um dia fizeste teu altar
e adoraste como a um deus
Eu era tua vida e morte
Sentido de viver e morrer
Vê agora
Só te restou meu túmulo para profanares
Por que morri por ti,
em teus secos beijos de ódio e traição

Leila Soriano



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