sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

E mais uma vez é real tudo que eu temia
Agora é você quem povoa meus pensamentos
perturba minha paz com lembranças
nossos poucos momentos juntos
que fazem um segundo torna-se uma eternidade
Eu não quero lembrar
Não quero lembrar do seu cheiro
que me entorpece
Da cor da sua pele
contrastando com a minha
Do calor de sua pele
aquecendo meu coração gélido
me matando aos poucos
como veneno injetado
torturando minhas veias vazias
Te peço que vá
por mais que te deseje perto
Te peço que vá e choro
choro porque ao menos posso te perder
porque nunca fostes meu
enquanto fui sua sempre
Agora quero apenas sangrar
me livrar de todo esse veneno
até tudo se esvair
e eu me tornar vazia
Como eu era antes de você chegar

Leila Soriano
(01/01/2010)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Linha tênue?

Hoje o que eu queria mesmo era saber transformar amor em ódio.....

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

...

Juntando poeira. =/

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Liberte-me

Eu olhei para você
E senti que não mais caminharia sozinha
Mas você se perdeu
(ou fugiu de mim?)
Procurei em vão
Agora estou presa
nesta trilha de dor
Não conheço a saída
não tenho a chave
Está frio, mas meu corpo queima
Está escuro, mas vejo claramente
Sinto teu calor
Vejo teu rosto
Lembranças apenas
Um sofrimento contido que envenena
A morte que me liberta

sábado, 3 de maio de 2008

A chuva

Este texto é para os poucos que se mantêm ao meu lado, independente da minha estação...


Hoje eu lembrei de um passado não muito distante em tempo, mas tão distante em emoções... Isso porque eu ouvi uma música. Mas não foi bem a melodia que escutava naqueles tempos que me fez recordar, e sim uma palavra de significado amplo para mim: chuva. Pode soar estranho, afinal para muitos chuva é apenas água. Às vezes tem um significado poético, normalmente ligado a lágrimas, tristeza. Mas não é isso que representa para mim neste momento. Chuva me faz lembrar de casa. Chuva me faz lembrar de todos vocês que fazem parte do meu coração, ainda que não sejam muitos - na verdade admito que sejam raros... A época em que eu ouvia "the rain song" também era a época em que a chuva significava voltar pra casa. Lembram dessa época? Não faz tanto tempo como eu disse de início... Era a época em que, ao menor indício de chuva, nós voltávamos correndo para casa. Então nos esquentávamos juntos, e nos confortávamos... Tinhámos uns ao outros, e por vezes, até conseguíamos ver a beleza escondida na chuva que caía. E eu acreditava que essa beleza existia... E quando chovia novamente, eu sabia que tinha que voltar pra casa. Eu precisava voltar, precisava do conforto para poder ver a beleza. Ali seria sempre meu lugar, nosso lugar. Agora, ao ouvir essa música, eu apenas lembro. Não posso mais voltar pra casa. Chuva não significa casa. Chuva significa caminhar sozinha. Não existe mais casa, ainda que exista a chuva para me fazer querer voltar... não há mais como voltar... não há mais para onde voltar... e eu sigo só. E a chuva ainda cai, e cada vez mais impiedosa...

Leila Soriano

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mais um poema

Esse aqui eu nem lembrava que existia. Achei por acaso ontem. O poema não tem título e eu deixarei assim.


Pensei em uma canção
uma canção sobre nosso amor
nossas vidas tão ligadas
Porém
Estou agora tão perto de ti
mas você não me ve
não me vê porque estou longe,
longe da sua alma
do seu coração...
esses olhos que já não me enxergam
há tanto tempo...
ainda que tão abertos,
ainda que diante de mim,
mas eu não existo mais,
não no seu mundo
ainda que você sobreviva no meu
para a minha tristeza...
Grito, mas você não me ouve,
ouves o som da minha voz
mas não as palavras da minha alma...
Toco-te e não sei o que sentes...
sei que apenas não importa mais...
Não há imagens, não há som, não há canção
A canção que nem existiu
tem tons fora de melodia
ela já está morta há muito tempo...
Será que também o nosso amor?

Leila Soriano
(09/06/2007)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Quase de volta

Bom tempo sem aparecer. Na verdade só escrevendo para dizer que isto aqui ainda não foi abandonado. Mesmo que ninguém leia isto. Sem cabeça para postar algo de útil. Ou inútil. Melhor voltar outro dia.